Quando as coisas vão ao contrário


Escrito 14 de maio de 2013 às 22:53
Quem nunca apelou em momentos de desespero que atire o primeiro bom senso! 

É desesperador. Eu quero presença, abraço, corpo, carinho, apego, quero me apertar tanto àquele homem e àquele corpo até que pareça que ambos somos um.

Eu amo. Eu O amo. Eu vou sofrer muito por um período de tempo se o que a gente tem tiver que acabar.  Nós estamos bem, muito bem, felizes e vivendo nossa melhor época, só que para que as coisas sejam dessa forma, eu tenho que ignorar uma coisa que ele faz e que eu considero errada.

Eu não posso viver assim para sempre, decidi expor, para quem sabe, conseguir resolver. Que nada. Explosão. Um vulcão em erupção. E tudo o que estava lindo foi pelo ar.

Dor. Choro. Prorrogação. Eu tenho medo de um fim, eu não quero que acabe. Eu sou ansiosa, ODEIO esperar. Tenho medo do desconhecido. Eu não sei o que vou fazer. Eu não sei o que está por vir.

Eu não tenho alternativa, está fora de minhas mãos. Eu não sei por que tanto medo e insegurança; acho que vai dar tudo errado. Temo que eu me resuma, mais uma vez, a uma página ruim da vida de alguém; temo que eu vá fazer parte, de novo, de um passado e ser contada como um capítulo desagradável.

Estranho é que quanto mais perto eu quero, mais longe fico. Eu sou forte, eu vou aguentar.

Eu não quero ficar sem ele. Eu não quero ficar sozinha.

Coisas do Coração!


Texto escrito dia 19 de março de 2013, às 21:17
Contexto: Mudança, faculdade, namoro
*p.s.: tudo foi resolvido õ/

Chega  um momento na vida, às vezes cedo demais, em que não vemos mais graça em passar por vários braços, em fazer aposta de quem toca mais bocas e esse tipo de coisa. Nessa hora, o que a gente quer é uno, é dar-se para uma pessoa só, é ter a certeza de que no fim de um cansativo dia, teremos o conforto do mesmo braço e abraço, um beijo com o mesmo sabor, um carinho daquele jeito que a gente sabe que gosta.  

Acredito que o ser humano é solitário, e que não necessariamente, a gente precisa de um par. Não que sejamos infelizes sem outra pessoa para nos completar, essa ideia de NECESSITAR de alguém para se sentir capaz e completo, para mim, é ridícula. O que eu acho legal é um par para compartilhar, para receber o que essa pessoa tem a oferecer, uma troca. Troca de amor, de calor, de tristeza, felicidade, cumplicidade. Aí quando isso acontece, é confortável ter alguém em quem pensar, é uma delícia! Em dias de supermercado a gente olha uma coisa que essa pessoa gosta e compra para mostrar que lembrou e para fazê-la feliz,  em uma data especial como dia dos namorados ou aniversário, a gente sai por aí procurando alguma coisa não só que a pessoa goste, mas que se encaixe como aquilo que você gostaria de dar para a pessoa.

Acontece também, de uma parte do par (ou ambas) mudar a rotina de uma maneira drástica, como quando muda-se de cidade, por exemplo; nesses casos quando “está tudo bem”, o casal acolhe a mudança e se refaz para aquela situação, os dois fazem as modificações necessárias. Diante de uma situação completamente nova na vida, a pessoa que se expõe a essa mudança, por mais que conte com ajuda de amigos, família e quem mais for, é a que mais “recebe” as novidades - usando um eufemismo para fugir de “sofre as conseqüências” porque nem tudo é tão “sofrível” quanto a frase apresenta.  

Em uma cidade nova, tudo é novo. Amigos, casa, rotina, trabalho, estudos... É natural que durante esse processo, a pessoa que está inserida nesse mundo novo sinta-se um pouco solitária, um pouco carente. E nessa situação, é confortável ter em quem pensar e saber que há alguém esperando para saber como estão as coisas e esperando para te contar um pouco da vida dela também. O que acontece de vez em quando, é que muitas vezes nós não escolhemos o modo como vamos expressar certas coisas; a carência requer atenção, a atenção pode vir de um jeito que não favorece a nenhuma das partes (como brigas), e se a procura era por consolo, acaba vindo mágoa no lugar. Que porcaria de troca, não?  

Mudanças, ainda que positivas, geram stress -  porque nós somos bem grandinhos e sabemos que, quando dizemos que algo é bom ou ruim, estamos generalizando, porque por melhor que seja, em alguns momentos (ainda que poucos) acontecem coisas desagradáveis e vice-versa. Adaptar-se à nova “vida” requer coisas estressantes como lidar com burocracia, por exemplo.   

Talvez seja demais esperar isso, mas eu, Paloma, gostaria de um pouco de compreensão nesse ponto citado acima. O nosso estado emocional não conta fato isolado, é uma mistura, é o resultado de tudo o que acontece todo dia. Eu tenho novos amigos, tenho novas atividades, preocupações, mas sinto um pouquinho de solidão às vezes, e muita carência.  Eis que eu penso em direcionar meus pensamentos e sentimentos para uma pessoa especial, só que não dá certo. A gente se gosta, mas precisa aprender a lidar um com o outro. Enquanto eu fui buscar carinho, muitas vezes eu recebi acusações que me machucaram; fui responsabilizada por todas as nossas brigas e minhas reações exageradas (naturais de mim) foram tomadas como frescura, “tempestade em copo d’água”. 

As brigas foram todas por bobagem e especificamente hoje, dia 19 de março de 2013 eu tive vontade de bater minha cabeça na parede até estourá-la, eu fiquei com muita raiva de mim. Não por me culpar pelas brigas, mas fiquei com ódio de “permitir que elas aconteçam”, raiva por de certa forma permitir o tratamento que recebo, e além do ódio e da raiva, estou completamente desesperada e perdida por não saber mais como lidar com a situação. É evidente que expor o problema e tentar falar sobre o mesmo (minha atual estratégia) é um completo fracasso nessa relação. Fracasso. Essa é a palavra! É a definição do meu sentimento. Sinto-me assim porque cada vez que acontece uma briga, é como se a pessoa que eu amo estivesse se afastando de mim por um caminho sem volta, porque eu sei, nenhum dos dois vai aguentar desse jeito. Amparo. Tudo o que eu quero é apoio, amparo, um abraço e compreensão, ouvir que vai ficar tudo bem e que vamos trabalhar nisso. Infelizmente o que resolveria o problema era ouvir isso de uma pessoa específica que não consegue ver o quão mal estou pelo que anda acontecendo conosco.


Palavras de Merda


Trecho de um”post” do Diário, escrito dia 15/12/12
 Ajuda a contextualizar e entender se você pensar em problemas de família :)

    A ajuda que eu precisava (na verdade: preciso) nenhum Homem pode me oferecer. Eu quero mágica que retire o medo e a angústia de meu peito; por mim poderia ser só isso, entretanto se pudesse tapar o buraco que surgiria a seguir, tanto melhor. A esse respeito há uma certeza com relação ao que eu NÃO quero: que me distraiam. Uma qualidade que muitos me atribuem e que por vezes me surpreende, é a coragem. Sim, talvez por causa dela seja que com pouco tempo de vida eu tenha aprendido a olhar para dentro, buscar conhecer a origem do medo, do problema, e não me distrair, negar, fingir que passará sozinho ou que nem tem o que se passar, está tudo bem.   

    Ora, a vida é de um jeito que, se um problema é pessoal, o outro, contudo não há de ser; é praticamente coletivo, um plural. Já disse que não falarei do problema e mantenho palavra; o que eu quero (outra vez) é repentinamente colocar ideias em cabeças alheias. Bem assim: dorme desajuizado, acorda com juízo; porque algumas pessoas não entendem que são amadas e que as consequências dos seus atos se estendem àqueles que as amam. Nenhuma criança brinca perto do mar pensando em se afogar; surpreende-nos é que um adulto coloque-se em situações de risco por pensar ser autossuficiente, senhor da razão e conhecedor das malandragens. Esta falta de escrúpulo e responsabilidade dói, sinto dor por antecipação de uma consequência que pode vir; tal como Macabéa, sinto-me grávida do futuro, mas conhecedora que de um futuro mau; não por causa própria – isto que é pior- mas alheia, de alguém que não coloca apenas a sua segurança em risco.

   E então eu sinto falta de ser criança, de não ter que tomar conta de mim, de não precisar me preocupar com a minha família nem com os meus, de só ter que pedir, sem cuidar de nada. Sinto falta das coisas acontecerem sem minha autorização, sem meu conhecimento. Sinto falta de não entender nem saber medir as consequências de atos que não são meus, contudo me envolvem. Penso também, agora me recordo: essa não é a primeira vez que não me sinto segura.

Aos amigos que não têm tempo


  Quem tem uma pessoa e a considera como amigo com certeza tem momentos especiais, específicos e “ímpares” vividos com ela.  Eu não queria dar nome aos bois, mas nesse e no último texto que escrevi eu não consegui evitar. Existem amigos de longa data, e amigos de nem tão longa assim, mas a culpa não é deles se nós só nos conhecemos há tão pouco; o tempo pode ser relativo, mas acho que boas recordações é requisito obrigatório para o cargo de amigo.  Aí em um dia melancólico e nostálgico você se perde em devaneios, ao invés de fazer suas obrigações, fica se lembrando do passado, rindo sozinho, emocionando-se com aventuras vividas com umas e outras pessoas. O devaneio passa, você volta à realidade e se pergunta: “cadê fulano? Cadê ciclano?”. Eles não têm tempo.
  
   Há pessoas que gostam de dizer “melhor amigo”, “melhor amiga” mimimi. Eu particularmente acho bobagem, amigos são amigos, não existe um melhor que o outro, mas um para cada situação e situações para todos juntos. Mais uma vez, na minha nada modesta opinião, as pessoas que costumam empregar esses termos provavelmente nomeiam qualquer um de amigo e ressalta os “menos piores” (ou os que de fato são amigos de verdade) com esse “cargo”.  Acho que isso é fase, que passa e que é coisa de gente mais nova. Já passei por isso; enchia a boca para chamar de “melhores amigas” umas garotas que hoje em dia eu penso que nem me davam bola; não me davam prioridade, mas sabiam que em mim encontrariam um porto seguro. Durante um tempo eu continuei dizendo “melhor amiga, melhor amiga, melhor amiga” até perceber que não nos falávamos mais e que eu estava me referindo a coisas do passado, estava ligada a lembranças. Mudei-me de cidade, não foi de Estado nem país, e uma carta, um e-mail, uma sms não demandam tempo. A verdade é que eu não a conheço mais e ela tampouco me conhece.  Eu sei que a vida dela é agitada, uma correria danada! Ela não tem tempo.    

   Quando eu fazia Técnico em Administração eu adorava dizer que odiava fazê-lo. Hoje eu sei que eu poderia até não gostar da matéria, do curso; mas eu amava aquelas pessoas. Dois mil e dez foi o pior ano da minha vida, e eu espero que seja assim, que não venha piores haahaha Portanto, as pessoas que passaram comigo aquele ano, que viram a minha gritante instabilidade e dificuldade, eu valorizo muito. Se hoje em dia eu sou insuportável, naquele ano eu estava simplesmente descontrolada, uma verdadeira bagunça ambulante. Eu tenho amor e gratidão por aquelas pessoas, eu adorava dizer que elas eram minhas amigas. Hoje eu não sei o que dizer.   

   Hoje eu sei o que é uma pessoa se esforçar para conseguir te dar oi, mandar notícias, dizer que está com saudades. Eu tenho pessoas que fazem isso por mim, eu tenho pessoas com as quais não falo mais com frequência, mas que esboçam um sincero, enorme e amoroso sorriso quando me vêm, e isso é recíproco. Então é assim: é possível reconhecer quando uma pessoa só lembra-se de você quando te vê, quando há uma manifestação explícita e impossível de ignorar de sua presença em carne e ossos. Carne, ossos e lembranças. Da mesma forma, você reconhece uma pessoa que se lembra de você com carinho quando ouve uma piada, quando sente falta das broncas que você dava e coisas afins.    

  Eu não corro mais atrás. Sinto muito pelos amigos que não têm tempo, eles não têm mais a mim como amiga. Vamos falar o que é falta de tempo para uma pessoa que está a cerca de 240 km de distância de mim, que estuda três períodos e que sabe da minha vida e me conta da dela. Vamos falar para um vizinho o que é falta de tempo, sendo que supostamente ele gosta de mim mas não fala comigo.  Vamos deixar de hipocrisia e medo para reconhecer quem são os nossos, aqueles do nosso lado. Quem abre mão das amigas porque o namorado mandou, quem abre mão de um show com você por causa de uma foda, é sua amiga?
Oh, então quer dizer que você não tem tempo?

Duas Panelas e um Liquidificador


Limitações. Eu gosto de dizer que todos têm algumas. Com certeza há quem diga que podemos conseguir tudo, que nós é que nos limitamos, e há dias em que eu concordo, hoje não. 


Sabe o que é incrível? Você fez tudo o que pediram, todos os dias. Até que chegou um dia, em que você lavou toda aquela enorme pilha de louça. Menos duas panelas e um liquidificador. E literalmente, e de todas as outras formas possíveis, tudo o que a pessoa vê é o que você não lavou (óbvio, o resto está lavado e em outro lugar, entendeu?).
 

As duas panelas e o liquidificador. Todos têm suas limitações: uns não gostam de altura, então não lavam vidraças e seja lá mais o que possa estar no alto. Outros, como eu, tem nojo. Eu tenho nojo de feijão, tem gente que tem nojo de salsicha. Eu não como feijão há mais de 9 anos, com certeza; e se colocarem na minha boca, eu vomito. Lavar louça é uma das coisas mais nojentas que tem, porque tem resto de comida, e isso é nojento. Mas com luvas (sim, nunca sem elas) eu lavo numa boa, e ultimamente eu tenho até gostado disso. Porém, todavia, entretanto e contudo, ainda existem coisas que me enojam. Eu não sei explicar, mas algumas comidas e algumas pessoas, conseguem deixar uma pastinha grudada no prato, e 
argh, isso me enoja. Não há desculpas para não lavar isso aqui em casa, então eu faço força and go ahead. Mas a minha história com o feijão é mais antiga, é conhecida por muitos, diria eu que por todos da família. Então, eu realmente não consigo lavar louça de feijoada, ainda mais daquelas pessoas deselegantes que simplesmente se eximem do nobre ato de atirar as sobras do prato ao lixo. Isso torna tudo mais difícil. 

Hoje o caso foi com o feijão. Da última vez, nos dias da feijoada, eu simplesmente nem me mexi, não lavei nada ali, estava tudo acima do que eu poderia fazer. Hoje não; hoje foi “tutu” de feijão, e eu só não lavei o que fora envolvido na dança.  E o que aconteceu? Foi como se aquelas duas panelas e o liquidificador tivessem apagado tudo o que eu fiz nos outros dias, e por culpa deles, além de ouvir discurso de como serei infeliz na vida por causa de minhas negações, eu continuei com as coisas que eu tenho, só que não mais como merecedora. É triste a vida, não é? Sei que já aconteceu isso com você. De ter limpado a casa inteira, menos um cômodo, e ter que ouvir “você não fez nada o dia inteiro”.  

Diante da oportunidade de criticar as limitações alheias, as nossas simplesmente se esvaem; devemos cuidar disso, é feio, sabe? Eu apontei o erro, eu disse “você também se nega a fazer tal coisa”, mas ouvi um “isso é diferente”. Claro, claro que é. De fato, o problema era altura e o meu é nojo, mas ambas nos negamos a fazer. Duvido que na minha vida profissional algum dia me tirem do escritório onde trabalho (caso eu siga em qualquer ramo relacionado a administração), da loja onde sou vendedora (caso eu invista nessa minha facilidade) ou da clínica veterinária da qual sou dona, ou então onde faço estágio com a seguinte motivação “vá lavar a panela da feijoada”. Não vão. Eu posso ser muito macho se quiser, não tenho nojo de menininha sempre, não não. Eu gosto de tirar cabelos do ralo da pia; é nojento, é repugnante, asqueroso, por isso que minha mãe me fez tirar um dia, como castigo. Mas depois eu achei legal. 
 

Enfim, só escrevi esse texto de raiva, não da minha mãe, nem da vida. Simplesmente do fato de que você pode fazer o que for, e quantas vezes e quantos dias forem, que a única coisa que verão e ressaltarão, é o que você se negar a fazer. E como sempre, do que duas panelas e um liquidificador podem fazer com você.

*Obs: Texto escrito dia 5 de fevereiro de 2012

Testando



Olá! O blog ainda não está pronto, está parecendo a casa da mãe Joana, literalmente. Só para aproveitar que já foi "ao ar" (?) eu vou deixar uns textos aqui para que quem cair nessa página por acaso conheça pelo menos a minha escrita e tenha uma prévia. Os textos publicados até agora foram postados na forma de notas no facebook.  Desculpa a bagunça, try to enjoy !

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